OPERAÇÃO AREIA MOVEDIÇA – POLÍCIA FEDERAL
A Delegacia de Polícia Federal de Nova Iguaçu e o Ministério Público Federal deflagraram, no dia 25/02/2016 a Operação Areia Movediça com o objetivo reprimir a extração ilegal de areia na Baixada Fluminense. Foram expedidos 15 Mandados de Busca e Apreensão e 14 Mandados de Condução Coercitiva nos Municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Seropédica, Japeri, Nova Iguaçu e Belford Roxo, pela 3ª Vara Federal de São João de Meriti.
Participam da ação cerca de 80 policiais federais e as investigações contaram com o apoio do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e ocorreram de forma integrada com o Ministério Público Federal.
O Inquérito Policial indicou que diversas empresas promovem a extração ilegal de areia em Duque de Caxias/RJ. Sete mandados estão sendo cumpridos em areais daquele município.
Segundo a matéria da Revista Exame o DPF informou que há indícios da participação de milicianos na atividade de mineração e no comércio clandestino de areia. "Há suspeitas de participação de milícias, mas ainda está sob sigilo essa notícia", disse o delegado da PF Mauro de Ávila, chefe da investigação, acrescentando que as apurações começaram em outubro e contaram com policiais disfarçados e imagens áreas.
O DPF Informou ainda que alguns dos indiciados são reincidentes na prática criminosa. "É um crime que é pendular. A repressão e a fiscalização aumentam, há uma retração e se há brecha eles ocupam essa brecha. É assim sucessivamente. É uma prática muito lucrativa e estima-se que a faixa de lucro de um só areal chega a mais de R$ 200 mil mensais (VEJA ARTIGO "EXTRAÇÃO ILEGAL DE AREIA). Então, por mais que se reprima, o benefício é muito alto e as pessoas se arriscam a ser presas para continuar a extração".
O investimento para montar uma mineradora clandestina de areia foi avaliado em R$ 3 milhões. A próxima etapa da operação é avançar na investigação de lavagem de dinheiro obtido com a exploração ilegal. "Está em levantamento isso aí", acrescentou.
O delegado João Paulo Garrido, chefe da Delegacia de Polícia Federal de Nova Iguaçu, informou que os indiciados são acusados de crime ambiental e usurpação de bens da União. Somados os dois tipos de crime, a pena pode atingir dez anos de prisão.